Nos primeiros dois anos de sua existência, o projeto consistiu justamente em continuar o trabalho iniciado em 2008, ou seja: a formação de um grupo de camara que se dedicasse tanto ao estudo e aprimoramento técnico/artístico de seus integrantes como a produção de repertório e, consequentemente, de público.
Camerata Theophillus. Alfenas, 2009 |
Recebendo membros da comunidade interna e externa a Universidade, a Camerata realizou nestes primeiros dois anos uma série de 32 concertos, apresentados em Alfenas, Paraguaçu, Machado, e Campos Gerais. O número de integrantes subiu de oito para quatorze até outubro de 2010, dando assim origem a novos grupos no projeto, como o quarteto de cordas, que se apresentou pela primeira vez em setembro deste mesmo ano.
A chegada de novos integrantes e o crescimento técnico/artístico experimentado pelos antigos membros levam o projeto a criar atividades didáticas como as oficinas, trazendo músicos convidados para ministrar palestras e master classes instrumentais. A primeira oficina foi realizada em fevereiro de 2011, com o título "O processo de otimização musical", e teve como convidados o violinista Bel Ribeiro (UFSCAR) e o violoncelista Guilherme Venturato Custódio. O evento foi destinado não apenas aos membros da camerata, mas a toda a comunidade, e trouce novos integrantes para o projeto que neste momento chegam a dezenove pessoas.
No entanto, mesmo com a chegada de novos integrantes o projeto enfrentava os mesmos e velhos problemas que toda orquestra ou grupo de camara de uma cidade do interior no Brasil: a falta de pessoas capacitadas para chefiar e, as vezes, compor os naipes. A música de camara usa poucos instrumentos, e por isso era ideal para um projeto como este em uma cidade com pouca tradição em música erudita, mas ela demanda de seus integrantes um nível técnico mais auto do que os repertórios para outras formações. Além disso, por ser um projeto de extensão o número de integrantes variava muito, visto que grande parte dos alunos da universidade que integravam o projeto não eram de Alfenas, e quando terminavam seus cursos voltavam para suas cidades, ou iam começar suas carreiras. Percebemos que a única maneira de mantermos a camerata funcionando seria produzindo nos mesmos os músicos que para integrá-la.
É importante ressaltar que a partir de então o projeto passa a ser algo muito maior do que foi em 2009 e 2010, porque deixa de ser um local de estudo destinado apenas para os músicos da região, e passa a ser também um local de formação de/para novos músicos, proporcionando um novo aprendizado aos membros da Camerata que agora vão lecionar e monitorar para aqueles que estão começando em seus instrumentos. Para além disso, surge a possibilidade de se formar instrumentistas que não existiam na região, como oboístas, fagotistas, e outros que eram raros como contrabaxistas e violistas.
Aula de violino. 2011 |
Foi então que, por meio de uma parceria entre a Pro-reitoria de extensão da Universidade Federal de Alfenas e a Associação comercial e industrial de Alfenas (ACIA) se criou a Orquestra Experimental. Um grupo que serviria como "orquestra escola" do projeto, permitindo o acolhimento de qualquer instrumentista interessado, em aprender ou praticar. Em setembro de 2011 foi feita a segunda oficina do projeto. Com o título "Música e sociedade" o evento durou quatro dias e teve em sua programação uma mesa redonda composta por professores do curso de história da UNIFAL-MG, e master classes instrumentais com
o violinista Bel Ribeiro, o violoncelista Alessandro Franceschini, o violonista Rafael Avila, a flautista Marina Ulian, o maestro e cantor Thiago Maraes, o violinista Bruno A. Ribeiro, o clarinetista Gean Lucas Silva, e o pianista Marcelo Leite Jr. produzindo também uma série de quatro concertos com alunos, professores e convidados da Oficina. O aumento das atividades oferecidas nesta oficina demonstra como o projeto cresceu e mudou em 2011. Afim de possibilitar a qualquer interessado estudar música, independente de seu poder aquisitivo, a universidade comprou em novembro deste mesmo ano instrumentos para serem locados pelos candidatos que não pudessem comprar os seus próprios, abrindo no projeto duas classes de violino, uma classe de viola, uma classe de violoncelo, uma classe de contrabaixo, uma classe de oboé, uma classe de fagote, uma classe de clarineta, uma classe de trompete, uma classe de flauta, e uma classe de violão (que posteriormente deu origem a orquestra de violões da UNIFAL-MG).
o violinista Bel Ribeiro, o violoncelista Alessandro Franceschini, o violonista Rafael Avila, a flautista Marina Ulian, o maestro e cantor Thiago Maraes, o violinista Bruno A. Ribeiro, o clarinetista Gean Lucas Silva, e o pianista Marcelo Leite Jr. produzindo também uma série de quatro concertos com alunos, professores e convidados da Oficina. O aumento das atividades oferecidas nesta oficina demonstra como o projeto cresceu e mudou em 2011. Afim de possibilitar a qualquer interessado estudar música, independente de seu poder aquisitivo, a universidade comprou em novembro deste mesmo ano instrumentos para serem locados pelos candidatos que não pudessem comprar os seus próprios, abrindo no projeto duas classes de violino, uma classe de viola, uma classe de violoncelo, uma classe de contrabaixo, uma classe de oboé, uma classe de fagote, uma classe de clarineta, uma classe de trompete, uma classe de flauta, e uma classe de violão (que posteriormente deu origem a orquestra de violões da UNIFAL-MG).
Camerata Theophillus. Concerto; Alfenas, 2012 |
Em 2012 o projeto recebe os novos integrantes e alunos, tendo agora uma formação com cordas e sopro, incluindo oboé e fagote, e totalizando 36 integrantes entre Camerata e Orquestra Experimental. Novos grupos são criados como a Orquestra Barroca, e os grupos de camara avançados sob a direção do violinista Bruno Araujo Ribeiro. Composta apenas por cordas a Orquestra Barroca se dedica ao estudo do repertório composto no período barroco. Já os grupos de camara avançados variam sua formação de acordo com o repertório, em 2012
Oficina de confecção de palhetas. |
trabalhou com o piano trio Triunvirato composto por músicos do projeto como o violoncelista Guilherme Venturato, o violinista Bruno A. Ribeiro e convidados como o o pianista José Renato Furtado. no mesmo ano foram realizados 2 master classes instrumentais, uma oficina, e 16 concertos.
Em 2013, já tendo consolidado os grupos Camerata, Orquestra Experimental e Orquestra Barroca o projeto totalizou 48 integrantes.
Foram produzidas duas oficinas, e uma série de 22 concertos, sendo alguns deles em importantes eventos como o Festival Itajubense de Cultura (FICA), o Festival de inverno de São Sebastião da Bela Vista, e o Natal no Campus da Universidade Federal de Itajuba (UNIFEI). Foi realizada uma oficina de cordas e concertos com músicos que passaram pela pelo projeto, e que hoje estão em cursos de graduação em música de instituições como UNICAMP e UFMG.
Neste ano de 2014 o projeto criou o Coro Sinfônico,
Orquestra experimental. Alfenas 2012 |
que está trabalhando junto a Orquestra experimental, e completando 5 anos, traz com ele muita história, resultados e uma programação especial. Ao todo 54 pessoas passaram pelo projeto nestes 5 anos, e 44 pessoas o integram atualmente, estudando e produzindo música na Orquestra Experimental, Coro Sinfônico, Quarteto de Madeiras, e Camerata Theophillus.
Escrito por Bruno A. Ribeiro.
Adorei o blog! Deu gosto de ler, vida longa!
ResponderExcluirObrigado.
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